quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Todo dia é um novo desafio a vencer!

Esse vídeo é exatamente o que venho aprendendo de um tempo pra cá, sabemos da importância de dedicarmos, de aprender, de reconhcer os erros, de superar, de sermos perdoados, de olharmos mais pra nós e pros outros. De curtir as pessoas com intensidade, sem vergonha ou medo.

Feliz ano novo e para os que precisam descobrir-se, Boa sorte!

"Todo dia é um novo desafio a vencer... aceitar que temos direito a errar, aprender e superar, a não deixar que a luta diária se torne a nossa cadeia diária. "

"... Não podemos deixar os valores fundamentais morrerem, é preciso resgatar a família. E de verdade dedicar o tempo que precisam nossos filhos, irmãos, esposas, maridos, mães, pais..."

"... Resgatar a confiança nas pessoas e cultivar, praticar e propagar a honestidade..."

"... Você e eu sabemos, que o tempo é curto. Então, é tempo de começar!"

A todos um feliz ano novo!

Recebi o vídeo por e-mail, não tenho muitas atrubuiçoes de autoria pra fazer

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pássaros nerds, ecossistemas e propriedades emergentes‏ por Pablo Peixoto


Esse texto é do grande Pablo Peixoto, responsável pelo blog Bohemian Rhapsody.

Obrigada, pela confiança em ceder seu texto nesse espaço, esteja certo estará sempre aberto pra você.




Essa imagem rodou a net nos últimos dois dias: um grupo de estorninhos botando um predador

(algum falconiforme) pra correr voar, numa formação que lembra o icônico Pac-Man. É bonita, é engraçada, é surpreendente. Guardadas as devidas proporções, é igual à água.








Aí você me pergunta o que diabos tem a ver a água com um bando de pássaros jogadores de vídeo-games? Para entender a relação entre ambos, bem como qual a relação disso com outras coisas surpreendentes na Natureza, é preciso entender o que são propriedades emergentes.

Uma propriedade emergente é definida como aquela que surge num sistema a partir de um determinado nível, que não poderia ser prevista analisando-se isoladamente as partes constituintes desse sistema. Trata-se de um fenômeno resultante de múltiplas interações simples e não-lineares, aparentemente caóticas, entre os elementos do sistema, resultando num padrão de comportamento complexo. Ou seja, uma propriedade emergente não é uma propriedade do elemento do sistema, mas uma propriedade do sistema em si, que se torna uma entidade com relação a essa propriedade. Ou, como se costuma dizer para o fenômeno da emergência, “o todo é mais do que a soma das partes.” Por ser resultado de interações, a propriedade emergente não demanda um controle central. Não há um elemento no sistema que coordena os outros elementos e determina o aparecimento da propriedade: diz-se que a emergência é descentralizada e se auto-regula no âmbito das interações entre os componentes do todo.
Por mais incrível e “místico” que possa parecer, o fenômeno da emergência é algo bastante comum ao nosso redor, presente nos mais diversos âmbitos da vida, desde sistemas físicos até o mercado de ações, passando pela biologia, psicologia, artes, redes sociais, computação, entre outros. A própria vida é uma propriedade emergente, mas isso é assunto para outro post. O exemplo clássico de fenômeno emergente é a água, que eu mencionei no começo do texto. Todos nós sabemos que a molécula de água é composta de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Porém, também sabemos que as propriedades da água são completamente diferentes das propriedades destes dois elementos; mesmo conhecendo os comportamentos químicos e físicos do hidrogênio e do oxigênio, seria impossível, a partir deles, prever o comportamento físico-químico da água.



"Madame Monet and Child", de Claude Monet. Não há nada além de várias pinceladas rápidas. São as interações entre essas pinceladas que formam a imagem da tela. Ela não faz sentido se você não pensar na imagem como um todo.






E aí voltamos para os estorninhos nerds da imagem inicial. O comportamento de bando dos pássaros é um exemplo de propriedade emergente. Um pássaro sozinho não vai pensar num formato específico quando estiver em bando, mas as várias interações de um grande grupo de pássaros podem, a partir de um nível crítico, fazer com que o bando se comporte como uma unidade e exiba um padrão de comportamento impensável se você considerar um pássaro sozinho ou um grupo insuficiente.
Outro exemplo impressionante é um cardume. O comportamento dos peixes em bando como uma unidade é algo extraordinário, principalmente se você pensar que certos cardumes podem atingir mais de 1 km de extensão.

Podemos pensar também numa colônia de formigas. Embora tenhamos uma rainha, não é ela que define o comportamento do formigueiro, mas sim as interações químicas entre todos os indivíduos que integram a colônia. Cada formiga reage a partir dos sinais químicos, deixados nos arredores por outras formigas, e da codificação de seu genoma. Dessas interações, resultam comportamentos complexos que só são possíveis se pensarmos no formigueiro como uma unidade autônoma, não como um mero agrupamento de formigas.
Como podemos ver, a interação assume papel fundamental no âmbito da emergência. Ora, por definição, Ecossistemas são casos notáveis de propriedades emergentes. Usarei dois exemplos fabulosos: A Floresta Amazônica e o Recife de Coral.
Uma das primeiras coisas que normalmente ocorrem às pessoas, ao observarem a exuberância da Floresta Amazônica, é pensar que seu solo é bastante rico, caso contrário não seria possível uma floresta tão densa e exuberante se desenvolver. Ledo engano. O solo dessa região é arenoso e pobre em nutrientes. O que mantém a riqueza e a diversidade da floresta é a própria floresta. A ciclagem de nutrientes entre os elementos do Ecossistema é extremamente rápida, e isso só é possível graças às características das múltiplas interações existentes entre esses elementos. É essa rápida ciclagem, entre outros fatores, que permite que a Floresta Amazônica possa manter-se, mesmo em um solo pobre: ela aproveita o fluxo de matéria e energia com um mínimo de perdas (clímax) e permite não só sua própria manutenção, como também a de mini-ecossistemas dentro do ecossistema maior: a floresta se comporta como uma unidade, não como um mero conjunto. Retirando a floresta, retiramos a capacidade produtiva daquela área.

Algo semelhante ocorre num Recife de Coral. O Recife se desenvolve em águas mornas, pobres em nutrientes. No entanto, é um dos ecossistemas mais ricos do planeta. Isso graças à complexa estrutura do sistema, que permite que os poucos nutrientes sejam rapidamente reciclados e mantenham-se circulando entre os componentes do Recife, elevando exponencialmente a capacidade produtiva da área e permitindo a biodiversidade característica desses locais. São as frágeis interações entre as unidades desse complexo ecossistema que o tornam tão diversificado, fascinante e importante: o Recife de Coral é uma entidade autônoma, não um mero conjunto de rochas e seres marinhos.

O fato é que a existência das propriedades emergentes torna mais complexa a compreensão do funcionamento de determinados sistemas. E, no caso dos Ecossistemas, a importância de se conhecê-los, gerenciá-los adequadamente e preservá-los ganha mais um reforço tendo em mente o conceito de emergência, derivando daí a obrigação de encará-los como unidades integradas, onde são as múltiplas interações entre seus elementos que definem sua identidade e seu papel. Um Ecossistema só faz sentido se o pensarmos como uma entidade, tal qual a água, o bando de pássaros, o cardume ou o formigueiro; alterar impensadamente essas interações pode gerar uma reação em cadeia com consequências imprevisíveis e surpreendentes. Tal qual ver um bando de pássaros formar um Pac-Man gigante para assustar um predador. Só que, no caso do Ecossistema, o resultado provavelmente não será engraçado ou bonitinho.



Fonte:

http://www.coralreefinfo.com


http://www.iplay.com.br/Imagens/Divertidas/Mergulhadores_rodeados_por_um_enorme_cardume_de_peixes_no_fundo_do_mar+4335&Grupo=10
http://www.claudemonetgallery.org/Madame-Monet-and-Child-%28Camille-Monet-and-Child-in-a-Garden%29.html

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vamos Fazer um Filme

Adooro essa música!! E como estou sem saco de escrever, e canto essa música o tempo todo! Lá vai a música que mais gosto.

Vamos Fazer um Filme
Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Achei um 3x4 teu e não quis acreditar
Que tinha sido há tanto tempo atrás
Um bom exemplo de bondade e respeito
Do que o verdadeiro amor é capaz
A minha escola não tem personagem
A minha escola tem gente de verdade
Alguém falou do fim-do-mundo,
O fim-do-mundo já passou
Vamos começar de novo:
Um por todos, todos por um

O sistema é mau, mas minha turma é legal
Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme

O sistema é mau, mas minha turma é legal
Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?

Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
E hoje em dia, vamos Fazer um filme
Eu te amo
Eu te amo
Eu te amo

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dia Mundial do Combate à AIDS


A diferença em 2008 e 2009 de portadores da AIDS no Brasil é de um aumento de 1.073 ou seja, um crescimento de 3% (dados do Ministério da Saúde).
Hoje, estima-se que haja 630 mil pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, mas parte delas, algo em torno de 255 mil, não sabe disso ou nunca fez o teste de HIV.
Segundo Dirceu Grecoo ( Diretor de programas contra DSTs - Ministério da Saúde), o aumento é pequeno, se compararmos com outros países do mundo, a história está mais ou menos igual. O Brasil, na verdade, antecipou muita coisa. Foi o primeiro país em desenvolvimento e entre as nações todas que facilitou o acesso a diagnóstico, a troca de seringa, o respeito aos direitos humanos, a ter preservativo distribuído no país inteiro. Não está resolvido, mas nosso papel é esse: é cada vez mais convencer as pessoas da necessidade de buscar acesso a diagnóstico e prevenção de qualidade.

Nesse dia, precisamos antes de tudo lutar contra o preconceito (interno e externo) e aumentar nossa prevenção. Para isso, cabe a nós sabermos discutirmos isso com nossos parceiros, filhos e familiares.



Passa lá:




http://noticias.r7.com/saude/noticias/cresce-numero-de-pessoas-com-aids-no-brasil-20101201.html

http://www.aids.gov.br/

terça-feira, 30 de novembro de 2010

COP16 - Convenções das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas



Entre pedidos aos Deuses Maia e pessimistas visões, a COP16 busca soluções para problemas climáticas.


A reunião está sendo realizada em Cancun, México e acontece até o dia 10 de dezembro.


O presidente mexicano Felipe Calderon, fez um apelo para que os negociadores cheguem a um acordo para mudar os rumos da crise climática.


Mas, "niguém espera" que seja assinado um acordo global que defina metas de redução de emissões para todos os países, porque nenhum país toma iniciativa de assumir um compromisso de combater o aquecimento global. Assim, o acordo climático existe apenas de "enfeite".


Mesmo assim, a convenção é um grande avanço na busca para "reverter" a situação, se levarmos em consideração o fato de já haver um debate a respeito.




" A natureza quer ser preservada. Porém, se o socius deseja explorá-la e o Anthropos beneficiar-se economicamentede suas belezas e riquezas, é necessário prover essas necessidades de suas belezas e riqueza, é necessário prover essas necessidades sem que , no entanto, se coloquem em risco os limites de regeneração do planeta. Em vez, de competir pelos recursos finitos, devemos cooperar com ela para preservação e enriquecimento dos mesmos." (Fialho, 2008)









Passa lá:









http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/11/29/na-abertura-da-cop-16-buscam-driblar-pessimismo-em-torno-de-uma-solucao-climatica-923138819.asp




http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/redacao/cop16-tambem-nao-vai-salvar-mundo-importante-274862_post.shtml

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Existir é produzir CO2 - Aquecimento Global

Estou na praia e pensei em o que escreveria no blog, nada mais propício do que o aquecimento global ( até porque meu dermatologista mandou que eu nem lembrasse que sol existe). Esse assunto também me lembra as aulas de ética que tive no curso de Gestão, mas isso só algumas pessoas entenderão ( como dizia o velho "poeta": piada interna) sem graaaça!

Bem, a radiação solar é o fator determinante do clima, as condições térmicas da atmosfera e da superfície do solo que determinam as temperaturas médias e extremas de uma região, as precipitações, ventos e outros fatores climáticos.

A derrubada de matas para obtenção de madeiras, lenha, espaço para agricultura, industrias ou urbanização sempre resultam em alterações no clima local, quase sempre essas mudanças são imperceptíveis a curto prazo, mas podem ao longo do tempo inviabilizar atividades humanas na região.

Dioxido de carbono (CO2), ozônio ( O3), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), vapor d'água e outros gases de efeito estufa deixam passar as radiações solares de ondas curtas e retardam as radiações infravermelhas de ondas longas refletidas pela superfície terrestre, mantendo a atmosfera aquecida. Sem esse fenômeno natural, a Terra seria mais fria. O aquecimento global é um fenômeno associado ao aumento das emissões de gases de efeito estufa gerado pelas atividades humanas, que aumenta ainda mais a retenção das radiações infravermelhas e, consequentemente, eleva a temperatura média global do planeta (BARBIERI, 2007).

Como uma das principais fontes geradoras de CO2, temos a queima de combustíveis fósseis, queimada de florestas e resíduos. Entre as consequencias do aumento da temperatura estão as mudanças nos regimes de chuvas e de circulação de ar, o aumento da frequencia de turbulências climáticas como furacões e maremotos.

Segundo a Revista Veja de 16 de Dezembro de 2009, quando o físico Svante Arrhenius concluiu seus cálculos sobre o efeito estufa das moléculas de gás carbônico no aumento da temperatura média do planeta (1896) a terra era habitada por 1 bilhão de pessoas, pouco mais de um século depois do trabalho do sueco, a Terra tem 6,8 bilhões de habitantes caminhando para 9,2 bilhões por volta de 2050 e graças a globalização economica a maioria delas atingirá um padrão de consumo de classe média, tendo um peso extraordinário na equação do aquecimento global como também no frágil equilíbrio que a civilização ainda consegue manter em suas relações de rapina com o mundo natural.

A associação entre aumento da concentração dos gases de estufa e o aumento da temperatura média tornou-se uma espécie de quase consenso na comunidade científica. As vozes discordantes geralmente argumentam que o clima envolve uma grande diversidade de variáveis e que os modelos usados para simular mudanças climáticas, dificilmente seriam capazes de abranger sua totalidade. Argumentam também que há inúmeras causas naturais que provocam mudanças climáticas, por exemplo, os movimentos da terra e as atividades solares, de modo que seria prematuro associar a elevação da temperatura superficial da terra ao aumento da concentração de gases de efeito estufa.


Fonte: José Carlos Barbieri - Gestão Ambiental Empresarial

Revista Veja - 16 de dezembro de 2009

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Epitáfio
Titãs
Composição: Sérgio Britto


Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Texto de Fabiana Cristine

VALE A PENA A LEITURA!!




Ela começa o texto assim :sugiro um café para acompanhar a leitura deste texto,rsrsrsrs. Mas, por favor, leia! É de extrema importância que pessoas esclarecidas e engajadas tenham conhecimento do que acontece com nosso meio ambiente. Tem como missão difundir e somar a importância do meio ambiente, tem missão melhor??

Estamos correndo contra o tempo, pois quando uma lei de supressão é aprovada no Estado, imediatamente as máquinas entram e começam a devastação, principalmente do mangue. Infelizmente, nossos políticos optaram pelo caminho mais rápido e mais barato para a expansão do Porto de Suape, que é o aterro do mangue em seu contorno. Há 35 anos atrás, qdo aconteceu o primeiro aterro para a implantação do Porto, os ambientalistas em pânico, alertaram para os impactos ambientais que seriam ocasionados por tal medida, mas já naquela época a histeria em torno do boom de Pernambuco tb achava tudo justificável , já que o mais importante era resgatar a posição econômica perdida.
Vimos que durante estes 35 anos da implantação do Porto, que divisas entraram no estado, claro, mas as ameaças que nosso litoral está sofrendo não está devidamente pesada nesta balança comercial. Depois das sucessivas supressões, temos as praias do Cabo, Jaboatão, Recife e Olinda totalmente suscetíveis com a erosão marinha. O mar está avançando pelo degelo e porque o ecossistema que daria este equílibrio está sendo eliminado, que é o mangue. Este é ,talvez, o mais perfeito ecossistema da natureza, pois proporciona equilíbrio climático já que absorve o co2 da atmosfera, contém o avanço do mar pois quebra a enrgia das marés e alimenta a vida marinha em pelo menos uma fase da vida dos seres. É muito benefício que o mangue nos proporciona e não podemos ficar alheios quando o que está em jogo é nossa qualidade de vida e a sustentabilidade do planeta!

Nós, ambientalistas de Pernambuco, nos juntamos apavorados para tentar evitar esta que seria a maior devastação de mague e vegetação nativa do Brasil. E que será a continuação da erosão marinha no nosso estado e o fim de nosso diminuto litoral. Fizemos o que pudemos, uma verdadeira vigília na Assembléia Legislativa, Palácio e tudo o mais... A imprensa sempre foi muito preconceituosa conosco porque esta supressão está atrelada a muito, muito dinheiro que alguns ganham na venda destas áreas para empresas se instalarem no Porto. E desde o início esta sempre foi nossa grande bandeira: que seja criada uma alternativa logística para a implantação das empresas! Se desde o início do complexo tivessem um crite´rio e responsabilidade para poupar a natureza, só com os estaleiros é que o primeiro hectare de mangue estaria sendo devastado. Isso porque 99% das empresas não precisam de terra molhada para se instalar, elas poderiam ficar na parte seca das terras do Porto, mas como teriam que transportar a produção por uns dois ou três quilômetros, encareceria um pouco o produto e o Estado não quer gastar para fazer esta via de escoamento da produção. Preferem que a natureza pague a conta e subsidie o transporte.
Sabemos que a luta é árdua, mas não desitimos porque nos angustia mais pensar em perder todo o nosso patrimônio natural e tornar a nossa vida insuportável climaticamente. O mangue tb é altamente rentável pq além de manter equilíbrio ambiental, ele dá empregos e alimentos.
Muitas famílias estão sendo expulsas dos 72 engenhos de Ipojuca para ceder suas terras par o Complexo. Não somos, absolutamente, contra o desenvolvimento, mas este modelo não é desenvolvimento , pois não se tem nem estudo de impacto ambiental, nem um projeto de adequação para estas milhares de pessoas que vão formar o bolsão de miséria no grande Recife. Estas famílias recebem uma idenização ínfima por suas terras fertéis e que alimentam a cidade , enquanto suape vende cada hectare entre 300 e 700,000,00 mil reias.
Temos que pensar que modelo de sociedade estamos permitindo que se crie, pois estamos trocando a economia da sustentabilidade pela macroeconomia, que não tem nenhum compromisso social , apenas a máxima exploração dos recursos e das pessoas.
Estamos precisando dar mais visibilidade ao movimento ambientalista no que diz respeito a esta causa ,especificamente. Estamos trabalhando um evento para chamar a atenção das pessoas para o que está acontecendo, pois como a mordaça da imprensa ainda não caiu, ficamos restritos aos meios mais "elitizados".
Tem muito mais detalhes que envolvem esta macroquestão, mas por hora basta pq ficaria muitíssimo cansativa a leitura,rs.
Tem um professor da Universidade Federal que nos ajuda na militância desta causa fazendo palestras e apresentando toda a riqueza do mangue como ecossistema e mostrando como já está agonizando na referida área e como sofreremos as consequências disso.
Outra palestra será organizada e vou entrar em contato com vc e outros que se dispuserem a ajudar dando mais voz ao movimento, para que ao se informar melhor sobre a questão , o problema, possa ser mais um divulgador e militante pela nossa exuberante natureza. E ressaltemos que ela é exuberante, mas já escassa.
É isso. Esta luta pelo nosso ambiente tem feito parte do noso dia a dia desde esta grande ameaça se agigantar. Espero realmente poder contar com seu apoio tb.
Um abração e muita luz!
Pernambuco Sustentável

Segue texto sobre algumas atuações do movimento ambientalista:

"A Assembleia Legislativa de Pernambuco reconhece, em seu boletim no Diário Oficial, a força da pressão popular.

Depois de denunciada, em abril, a tramitação de projeto de lei que autorizava o desmatamento de 1.076,49 hectares de floresta nativa em Suape (893 de mangue, 166 de restinga e 17 de mata atlântica), as organizações solicitaram audiência pública e o projeto, que seria aprovado como tantos outros de supressão de área de preservação permanente (APP), acabou sendo modificado pelo próprio governo do Estado, proponente da destruição.

Agora serão 691 hectares (43% menos): 508 de mangue, 17 de mata atlântica e 166 de restinga. “Diante das reivindicações populares, o governo do Estado decidiu reduzir para 508 hectares a área de mangue a ser retirada”, diz a matéria publicada dia 2 de julho no DO.

Valeu a pena? Pelo menos, a sociedade organizada conseguiu adiar o inevitável. O restante da vegetação nativa de Suape deve ser igualmente destruída, por falta de um zoneamento adequado. No lugar do mangue, que presta serviços ambientais como contenção de enchentes no litoral, prevenção da erosão costeira, manutenção da biodiversidade, sequestro de carbono da atmosfera e garantia da produtividade pesqueira, algumas empresas que não dependem diretamente dos canais, dizem os especialistas, poderiam ocupar canaviais que cercam Suape. Além de monoculturas, as plantações de cana consomem agrotóxicos que contaminam os rios e não prestam serviços ambientais."
Verônica Falcão é jornalista do JC






Fonte: Fabiana Cristine - Pernambuco Sustentável

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Compostagem - Adubo orgânico

A transformação de matéria orgânica, presentes no lixo em adubo orgânico é chamado de compostagem. Essa reciclagem do lixo orgânico é realizada com o uso dos próprios microorganismos presentes nos resíduos em condições ideais de temperatura e umidade.

É um processo positivo porque o acúmulo de resíduo orgânico a céu aberto favorece o desenvolvimento de bactérias, vermes, fungos, insetos, ratos e animais que transmitem doenças ao homem, além disso, pode gerar renda tornando a matéria orgânica útil novamente.

A compostagem pode ser utilizado para transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao sólido, melhora as suas características físico-químicas e biológicas.

Os resíduos orgânicos constituem todo material de origem animal ou vegetal e cujo acúmulo no ambiente não é desejável, incluindo também os restos de alimentos de cozinha, crus ou cozidos. Portanto, o material para fazer o composto orgânico é o lixo doméstico (rico em nitrogênio - importante para o processo bioquímico de compostagem acontecer) e os restos de capim ou outro material rico em carbono e esterco de animais pela possibiliadade de acelerar a formação de decomposição.

Para isso, é fundamental que o lixo seja separado, ou seja, o material seco (jornais, vidro, metal, plástico) do orgânico. Assim, sobreponha os resíduos orgânicos formando pilhas, alternando em diferentes tipos de resíduo em camada com espuma em torno de 20 cm, ou seja, uma camada de serragem e outra de orgânico até esgotarem os resíduos. A cada camada montada deve-se irrigar para dar condições ideais para os microrganismos transformarem e decomporem os resíduos orgânicos, lembrando que a primeira e última camada devem ser de restos de capinas ou outro tipo de palha.

O composto tem capacidade de melhorar o solo por ser uma rica fonte de nutrientes (N,P,K etc), melhora a estrutura física do solo, proporcionando aos solos aeronosos maior retenção de água e de nutrientes, enquanto nos solos argilosos aumenta a porosidade, aumenta também a população de microrganismos benéficos : bactérias e fungos, que disponibilizam os nutrientes minerais do solo para as plantas. A compostagem leva de 9 a 16 semanas, dependendo do material orgânico utilizado, das condições ambientais e do cuidado no revolvimento. E pode ser utilizado em todos os cultivos e plantas.


O composto melhora:





  • a qualidade do solo e reduz a contaminação e poluição ambiental,



  • estimula o exercício à cidadania pela contribuição na diminuição do lixo em aterros,



  • melhora a eficiência dos fertilizantes químicos,



  • economiza espaços físicos em aterros



  • elimina agentes patogênicos dos resíduos domésticos


Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Circular Técnica


Autores: Arlene Maria Gomes, Adriana Maria de Aquino e Manoel Teixeira Neto - EMBRAPA

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um Girassol da Cor do Seu Cabelo

Vou logo dizendo que no vídeo está errado, voz não é Milton e sim Lô Borges :P


Vento solar, estrelas do mar
A terra azul
Da cor do seu vestido
Vento solar, estrelas do mar
Você ainda quer morar comigo

Se eu cantar não chore não
É só poesia
Eu só preciso ter você
Por mais um dia
Ainda gosto de dançar
Bom dia
Como vai você?

Sol, girassol, vejo o vento solar
Você ainda quer morar comigo
Vento solar estrelas do mar
Um girassol da cor de seu cabelo

Se eu morrer não chore não
É só a lua
É seu vestido
Cor de maravilha nua
Ainda moro nessa mesma rua
Como vai você?
Você vem?
Será que é tarde demais?

O meu pensamento
Tem a cor do seu vestido
Um girassol que tem a cor do seu cabelo





Milton Nascimento/Lô Borges em CLUBE DA ESQUINA -1972

domingo, 7 de novembro de 2010

Recebi esse vídeo por e-mail hoje, e olha, me emocionei! Superação é tudo, mas respeito aos outros é fundamental, e infelizmente está faltando!

Vou repetir o que ele diz no final do vídeo: "obrigada pelos obstáculos, pelas barreiras e pelas dificuldades."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Esta Vez - Julieta Venegas

Esta Vez
Esta vez somos de papel
somos la corteza de un árbol
que nada tiene que ver
con el sudar del viento


Somos servilleta
y el recibo de luz


Esta vez somos de papel somos
las infracciones y las hojas de la biblia
esta vez somos honestos


Somos servilleta
y el recibo de luz


Esta vez somos de papel
somos la infracciones
esta vez somos honestos para siempre


Composição: Gustavo Herrera / Julieta Venegas

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República

A carta na íntegra da Marina Silva aos candidatos à presidencia da República 2010.
Tenho que acrescentar, que em minha opinião não há melhor posicionamento que ela poderia ter, o que eu esperava, pela sua integridade e conceitos de luta pela melhoria de nosso país. Me certifico que meu voto foi mais que válido. Espero que o que vença a eleição, use os poderes que lhe cabem para o bem da coletividade, que é a razão da política.

Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da RepúblicaSão Paulo, 17 de outubro de 2010
Prezada Dilma Roussef,
Prezado José Serra,

Agradeço, inicialmente, a deferência com que ambos me honraram ao manifestar interesse em minha colaboração e a atenção que dispensaram às propostas e ideias contidas na “Agenda para um Brasil Justo e Sustentável” que nós, do Partido Verde, lhes enviamos neste segundo turno das eleições presidenciais de 2010.
Embora seus comentários à Agenda mostrem afinidades importantes com nosso programa, gostaríamos que avançassem em clareza e aprofundamento no que diz respeito aos compromissos. Na verdade, entendemos que somos o veículo para um diálogo de ambos com os
eleitores a respeito desses temas. Nesse sentido, mantemo-nos na posição de mediadores, dispostos a continuar colaborando para que esse processo alcance os melhores resultados.
Aos contatos que tivemos e aos documentos que compartilhamos, acrescento esta reflexão, que traz a mesma intenção inicial de minha candidatura: debater o futuro do Brasil.
Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência,reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o
povo brasileiro.
Já disse algumas vezes que me sinto muito feliz por, aos 52 anos, estar na posição de mantenedora de utopias, como os brasileiros que inspiraram minha juventude com valores políticos, humanos, sociais e espirituais. Hoje vejo que utopias não são o horizonte do impossível,
mas o impulso que nos dá rumo, a visão que temos, no presente, do que será real e terreno conquistado no futuro.
É com esse compromisso da maturidade pessoal e política e com a tranquilidade dada pelo apreço e respeito que tenho por ambos que ouso lhes dirigir estas palavras.
Quando olhamos retrospectivamente a história republicana do Brasil, vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado.
Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB.
Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências.
Ambos, ao rejeitarem o mosaico indistinto representado pelo guardachuva do MDB, enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública.
Agora, o mergulho desses partidos no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum.
A permanência dessa dualidade destrutiva é característica de um sistema politico que não percebe a gravidade de seu descolamento da sociedade. E que, imerso no seu atraso, não consegue dialogar com novos temas, novas preocupações, novas soluções, novos
desafios, novas demandas, especialmente por participação política Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem imites.
Esse pragmatismo, que cada um usa como arma, é também a armadilha em que ambos caem e para a qual levam o país. Arma-se o eterno embate das realizações factuais, da guerra de números e estatísticas, da reivindicação exclusivista de autoria quase sempre sustentada em interpretações reducionistas da história.
Na armadilha, prende-se a sociedade brasileira, constrangida a ser apenas torcida quando deveria ser protagonista, a optar por pacotes políticos prontos que pregam a mútua aniquilação.
Entendo, porém, que o primeiro turno de 2010 trouxe uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente.
Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país.
Esta etapa eleitoral cria uma oportunidade de inflexão para todos, inclusive ou principalmente para vocês que estão diante da chance de, na Presidência da República, liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil.
Durante o primeiro turno, quando me perguntavam sobre como iria compor o governo e ter sustentação no Congresso Nacional, sempre dizia que, em bases programáticas, iria governar com os melhores de cada partido. Peço que vejam na votação concedida à candidatura do
PV algo que ultrapassa meu nome e que não se deixem levar por análises ligeiras.
Esses votos não são uma soma indistinta de pendores setoriais. Eles configuram, no seu conjunto, um recado político relevante. Entendoos como expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhe reservaram e escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional.
E quem tentou desqualificar principalmente o voto evangélico que me foi dado, não entendeu que aqueles com quem compartilho os valores da fé cristã evangélica, vão além da identidade espiritual.
Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos, quem crê e quem não crê. E perceberam que procurei respeitar a fé que professo, sem fazer dela uma arma eleitoral.
Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos. São inspiração para o mundo. Não há porque discriminar ou estigmatizar convicções
religiosas ou a ausência delas quando, mesmo diferentes, nos encontramos na vontade comum de enfrentar as distorções que pervertem o espaço da política. Entre elas, a apropriação material e
imaterial indevida daquilo que é público, seja por meio de corrupção ou do apego ao poder e a privilégios; a má utilização de recursos e de instrumentos do Estado; e o boicote ao novo.
Assim, ao contrário de leituras reducionistas, o apoio que recebi dos mais diversos setores da sociedade revela uma diferença fundamental entre optar e escolher. Na opção entre duas coisas précolocadas e excludentes, o cidadão vota “contra” um lado, antes mesmo de ser a favor de outro. Na escolha, dá-se o contrário: o voto se constrói na história, na ampliação da cidadania, na geração de novas alternativas em uma sociedade cada vez mais complexa.
A escolha, agora, estende-se a vocês. É a atitude de vocês, mais que o resultado das urnas, que pode demarcar uma evolução na prática política no Brasil. Podemos permanecer no espaço sombrio da disputa do poder pelo poder ou abrir caminho para a política sustentável que será imprescindível para encarar o grande desafio deste século, que é global e nacional.
Não há mais como se esconder, fechar os olhos ou dar respostas tímidas, insuficientes ou isoladas às crises que convergem para a necessidade de adaptar o mundo à realidade inexorável ditada pelas mudanças climáticas. Não estamos apenas diante de fenômenos da natureza.
O mega fenômeno com o qual temos que lidar é o do encontro da humanidade com os limites de seus modelos de vida e com o grande desafio de mudar. De recriar sua presença no planeta não só por meio de novas tecnologias e medidas operacionais de sobrevivência, mas por um salto civilizatório, de valores.
Não se trata apenas de ter políticas ambientais corretas ou a incentivar os cidadãos a reverem seus hábitos de consumo. É necessária nova mentalidade, novo conceito de desenvolvimento,
parâmetros de qualidade de vida com critérios mais complexos do que apenas o acesso crescente a bens materiais.
O novo milênio que se inicia exige mais solidariedade, justiça dentro de cada sociedade e entre os países, menos desperdício e menos egoísmo. Exige novas formas de explorar os recursos naturais, sem esgotá-los ou poluí-los. Exige revisão de padrões de produção e um fortíssimo investimento em tecnologia, ciência e educação.
É esse, em síntese, o sentido do que chamamos de Desenvolvimento Sustentável e que muitos, por desconhecimento ou má-fé, insistem em classificar como mera tentativa de agregar mais alguns cuidados ambientais ao mesmo paradigma vigente, predador de gente e natureza.
É esse mesmo Desenvolvimento Sustentável que não existirá se não estiver na cabeça e no coração dos dirigentes políticos, para que possa se expressar no eixo constitutivo da força vital de governo.
Que para ganhar corpo e escala precisa estar entranhado em coragem e determinação de estadista. Que será apenas discurso contraditório se reduzido a ações fragmentadas logo anuladas por outras insustentáveis, emanadas do mesmo governo.
E, finalmente, é esse o Desenvolvimento Sustentável cujos objetivos não se sustentarão se não estiver alicerçado na superação da inaceitável, desumana e antiética desigualdade social. Esta é ainda a marca mais resistente da história brasileira em todos os tempos, em que pesem os inegáveis avanços econômicos dos últimos 16 anos, que nos levaram à estabilidade econômica, e das recentes conquistas sociais que tiraram da linha da pobreza mais de 24 milhões de pessoas e elevaram à classe média cerca de 30 milhões de pessoas.
A sociedade, em sua sábia intuição, está entendendo cada vez mais a dimensão da mudança e o compromisso generoso que ela implica, com o país, com a humanidade e com a vida no Planeta. Os votos que me foram dados podem não refletir essa consciência como formulação conceitual, mas estou certa de que refletem o sentimento de superação de um modelo. E revelam também a convicção de que o grande nó está na política porque é nela que se decide a vida coletiva, se traçam os horizontes, se consolidam valores ou a falta deles.
Essa perspectiva não foi inventada por uma campanha presidencial. Os votos que a consagram estão sendo gestados ao longo dos últimos 30 anos no Brasil, desde que a luta pela reconquista da democracia juntou-se à defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no campo e na floresta.
Parte importante da nossa população atualizou seus desafios, desejos e perspectivas no século 21. Mas ainda tem que empreender um esforço enorme e muitas vezes desanimador para ser ouvida por um sistema político arcaico, eleitoreiro, baseado em acordos de cúpula, castrador da energia social que é tão vital para o país quanto todas as energias de que precisamos para o nosso desenvolvimento material.
Estou certa de que estamos no momento ao qual se aplica a frase atribuída a Victor Hugo: “Nada é mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou”.
O segundo turno é uma nova chance para todos. Para candidatos e coligações comprometerem-se com propostas e programas que possam sair das urnas legitimados por um vigoroso pacto social entre eleitos e eleitores. Para os cidadãos, que podem pensar mais uma vez e tornar seu voto a expressão de uma exigência maior, de que a manutenção de conquistas alie-se à correção de erros e ao preparo para os novos desafios.
Mesmo sem concorrer, estamos no segundo turno com nosso programa, que reflete as questões aqui colocadas. Esta é a nossa contribuição para que o processo eleitoral transcenda os velhos
costumes e acene para a sustentabilidade política que almejamos. Como disse, ousei trazer a vocês essas reflexões, mas não como formalidade ou encenação política nesta hora tão especial na vida do pais. Foi porque acredito que há terreno fértil para levarmos adiante este diálogo. Sei disso pela relação que mantive com ambos ao longo de nossa trajetória política.
De José Serra guardo a experiência de ter contado com sua solidariedade quando, no Senado, precisei de apoio para aprovar uma inédita linha de crédito para os extrativistas da Amazônia e para criar subsídio para a borracha nativa. Serra dispôs-se a ele mesmo defender em plenário a proposta porque havia o risco de ser rejeitada, caso eu a defendesse.
Com Dilma Roussef, tenho mais de cinco anos de convivência no governo do presidente Lula. E, para além das diferenças que marcaram nossa convivência no governo, essas diferenças não
impediram de sua parte uma atitude respeitosa e disposição para a parceria, como aconteceu na elaboração do novo modelo do setor elétrico, na questão do licenciamento ambiental para petróleo e gás e em outras ações conjuntas.
Estou me dirigindo a duas pessoas dignas, com origem no que há de melhor na história política do país, desde a generosidade e desprendimento da luta contra a ditadura na juventude, até a
efetividade dos governos de que participaram e participam para levar o país a avanços importantes nas duas últimas décadas.
Por isso me atrevo, seja quem for a assumir a Presidência da República, a chamá-los a liderar o país para além de suas razões pessoais e projetos partidários, trocando o embate por um debate
fraterno em nome do Brasil. Sem esconder as divergências, vocês podem transformá-las no conteúdo do diálogo, ao compartilhar idéias e propostas, instaurando na prática uma nova cultura política.
Peço-lhes que reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar.
Espero que retenham de minha participação na campanha a importância do engajamento dos jovens, adolescentes e crianças, que lhes ofereçam espaço de crescimento e participação. Que
acreditem na capacidade dos cidadãos e cidadãs em desejar o novo e mostrar essa vontade por meio do seu voto. Que reconheçam na sociedade brasileira uma sociedade adulta, o que pressupõe que cada eleitor escolha o melhor para si e para o país e o expresse, de forma madura, livre e responsável, sem que seu voto seja considerado propriedade de partidos ou de políticos. Pois, como repeti inúmeras vezes no primeiro turno, o voto não era meu, nem da Dilma, nem do Serra. O voto é e sempre será do eleitor e de sua inalienável liberdade democrática.
Esta é minha contribuição, ao lado das diretrizes de programa de governo que são um retrato do amadurecimento de quase 30 anos de construção do socioambientalistmo no Brasil. Espero que a acolham como ela é dada, com sinceridade. A utopia, mais que sinal de ingenuidade, é mostra de maturidade de um povo cujo olhar eleva-se acima do chão imediato e anseia por líderes capazes de fazer o mesmo.

Que Deus continue guiando nossos caminhos e abençoando nossa rica e generosa nação.

Marina Silva

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Consumo cosciente e crítico

O relatório "The limits to growth" de 1972 citado por Cairncross (1992), afirma: " Se as atuais tendências mundiais de crescimento da população, industrialização, poluição, produção de alimentos e escassez de recursos continuarem inalterados, os limites de crescimento neste planeta serão alcançados nos próximos cem anos."
Previsões deste tipo, segundo Schonberger, 1982 são sempre temerosos, pois ignoram avanços científicos e tecnológicos, melhorias de produtividade na utilização dos recursos em geral.
A cultura do consumo é caracterizada pelo ciclo "compre-use-disponha" e adotada como padrão pela sociedade até recentemente sem questionamentos, privilegiando altas taxas de lançamento de produtos, gerando forças de mercado que criam necessidade de consumo e tornam comum a posse de bens de mesma natureza em grandes quantidades (Leite, 2003)

A cultura do consumismo é dividida em três aspectos por Mackoy, Calantone e Dröge, 1995:


  • Clara divisão entre produção e consumo, ressaltando o importante papel das vendas;



  • Produção de mercado de massa, envolvendo grande número de consumidores;



  • Proliferação de novos produtos, valorizando mais o aspecto de novidade e de moda do que os aspectos de durabilidade e utilidade

Mas, recentemente tem-se observado o aparecimento de uma nova cultura, que pode ser sintetizada pelo ciclo "reduza-reuse-recicle", caracterizada pelo que convencionou denominar cultura ambientalista, que privilegia uma maior responsabilidade da sociedade e das organizações empresariais ao observar os impactos dos processos e produtos no meio ambiente (Leite,2003).

Diversas correntes de pensamento partidárias da corrente da cultura ambientalista criticam a cultura do consumo por não privilegiar principalmente os aspectos de melhor utilização dos recursos naturais, de responsabilidade das empresas para com a sociedade, dos custos relacionados ao descarte dos bens, da preservação do sistema ambiental para as gerações futuras, entre outros (Mackoy, Calantone e Dröge, 1995).



A compra sustentável significa:


1) comprar somente o necessário;
2) comprar produtos e serviços que são menos impactantes para o meio ambiente;
3) priorizar os impactos ambiental e social das compras, antes do econômico.

Consumo Consciente



"...ela precisa daquela marca, eu acho que é muito perdido isso cada vez mais e isso existe cada vez mais. " (Vanessa da Mata)

Como sempre uma inspiração nos meus posts, e essa música está em seu novo CD - Bicicletas, bolos e outras alegrias. Quanto mais consumimos, mais enlouquecemos nesse mundo cheio de conceitos de status, somos humamos e somos mais do que produtos.

Bolsa de Grife
Vanessa da Mata



Comprei uma bolsa de grife, mas ouçam que cara de pau.
Ela disse que ia me dar amor, acreditei, que horror.
Ela disse que ia me curar a gripe, desconfiei, mas comprei.
Comprei a bolsa cara pra me curar do mal
Ela disse que me curava o fogo, achei que era normal
Ela disse que gritava e pedia socorro, achei natural

Ainda tenho angústia, sede.
A solidão, a gripe e a dor.
E a sensação de muita tolice nas prestações que eu pago pela tal bolsa de grife.
(2x)

Nem pensei, um impulso pra sanar um momento.
Silenciar, barulho. Me esqueci de respirar.
Um, dois, três
Eu paro.
Hoje sei
Que nem tudo será
Escrevi meu colar,
Dentro há o que procuro

Ainda tenho angústia, sede.
A solidão, a gripe e a dor.
E a sensação de muita tolice nas prestações que eu pago pela tal bolsa de grife.
(2x)

Meu amigo comprou um carro pra se curar do mal.








terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das crianças




Criança é tudo de bom! Eu desejo que o mundo seja menos injusto e as pessoas menos violentas com os pequenos. Feliz dia das crianças para todos!


Dia da Criança!

Dia da criança é dia de festa, alegria, vibração
e muita comemoração!
Dia da criança é pura ingenuidade,
Ternura e felicidade!
Fartura amorosa!
Esperança que preenche o coração
e faz a vida se encher de emoção!
Dia da criança tem gosto de bolo de Chocolate!
Bala de caramelo!
Pirulito de framboesa!
Cheiro de perfume de alecrim!
Dia da criança lembra brinquedo, trenzinho.
Carrossel. Infância. É vida! Grande delícia!
Somente beleza! Renascimento!
Recomeço!
Riqueza que vem de dentro,
fortalecendo os nossos pensamentos de forma
positiva e ativa!
Dia da criança é dia de um contentamento sem fim.
Risada gostosa!
Banho de mangueira no jardim!
Cachorro latindo!
Balão colorido estourando! Brigadeiro! Maçã do amor! Algodão doce!
Dia da criança é festa na terra.
É dia de comemorar a inocência!
Nascimento!
Oração!
Vida que gira! Promessa de futuro! Brilho de Luz!
Dia da criança é sonhar com um futuro melhor,
Cheio de mais solidariedade e união!


de Antonio Marcos Pires
Rio de Janeiro - RJ

Fonte: http://www.pucrs.br/mj/poema-crianca-dia-da-crianca.php






quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vazamento de Resíduo Tóxico - Hungria

A composição da red mud ( Lama vermelha- o resíduo gerado na produção de alumínio) depende da natureza da bauxita e da técnica empregada no processo de Bayer em cada planta industrial. Normalmente a lama vermelha retém todo ferro, titânio e sílica presentes na bauxita, além do alumínio que não foi extraído durante o refino,combinado com sódio sob a forma de um silicato hidratado de alumínio e sódio de natureza zeolítica. É usada para uma larga variedade de aplicações, inclusive como dessecante (absorver água do ar, por exemplo) e como filtro de substâncias e água potável.

A substância contém metais pesados e substância tóxicas, nos quais os ferimentos mais comuns são as queimaduras e os ferimentos nos olhos.

Essas são as maiores preocupações no que diz respeito ao vazamento de cerca de 600 a 700 metros cúbicos de lodo desses resíduos tóxicos na Hungria, após a inundação de três vilarejos, 4 mortos, 6 desaparecidos e 120 intoxicados. É possível que o desastre seja ainda maior, caso ele chege ao principal rio da Europa, Danúbio.

Em busca da neutralizações do vazamento estão jogando gesso no rio próximo.

Os impactos para o meio ambiente podem demorar para serem neutralizados, segundo Katerina Ventusova, especialista do Greenpeace, devido a toxidade e periculosidade da mistura de metais pesados e soda caustica. Além disso, Os problemas ambientais provenientes da disposição não adequada da lama vermelha vão da contaminação das águas superficiais e subterrâneas, contaminação do solo, danos à flora e à fauna, corrosão de equipamentos metálicos até o impacto visual sobre extensas áreas. Os custos associados a manejo e disposição da lama vermelha representam uma grande parte dos custos de produção da alumina.

















Fonte:


http://www.precavido.com.br/


http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/10/05/hungria-declara-estado-de-emergencia-em-local-atingido-por-vazamento-de-residuos-toxicos-922704284.asp


http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/vazamento-de-lama-toxica-na-hungria-deixa-tres-mortos


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/05/mundo,i=216566/LAMA+TOXICA+COBRE+CIDADES+DA+HUNGRIA+E+GOVERNO+DECRETA+ALERTA.shtml

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições 2010 - FICHA LIMPA

- 19 de maio – Senado aprova ficha limpa, que vai a sanção de Lula
- 4 de junho- Lula sanciona o projeto, sem realizar qualquer veto. Cabe agora ao Judiciário decidir se o projeto provocará efeitos já nesse dia 03 de outubro.
- 24 de setembro – Julgamento sobre ficha limpa no STF( Supremo Tribunal Federal), termina empate, e o resultado sem definitivo sobre a aplicação imediata já nas eleições de 2010.


Então, como diz o Gabriel o pensador, “ É pra rir ou pra chorar?”

Devemos ao menos listar Deputados e Senadores Fichas sujas ou limpas nas eleições, porque pelo que vejo, essa vergonha de adiar ainda mais, e mostrar o descaramento de nossa justiça, impõe à sociedade a cupabilidade pela continuação de corruptos no poder, diagnosticando o “voto tiririca” (gosto do comediante, mas não entendo a política e nem tão pouco as ações políticas como piada) de nosso povo, que é tão carente de informação.


“- Ah! Amanhã ninguém lembra mais!
E o caso da lista vai entrar pra lista dos casos,
Os casos que ficaram pra trás..."” – Gabriel o Pensador



domingo, 26 de setembro de 2010

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro"

(Gabriel o Pensador)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia Mundial sem carro







Nos últimos anos do século 20, algumas cidades da Europa iniciaram uma reflexão sobre os grande problemas gerados pelo crescente uso de automóveis nos centros urbanos. Que geram poluição sonora e atmosférica, doenças respiratórias, sedentarismos, irritabilidade, perda de tempo, acidentes e comprometimento da renda das pessoas. Então em 1996, o dia mundial sem carro foi criado pelos franceses ( Aí, Mehdi!) em protesto à poluição ambiental.


Além disso, é possível listar algumas razões saudáveis para não usar o carro, pois afinal de contas, caminhar tonifica o corpo e queima calorias (gasto médio de 200 a 300kcal/hora), melhora a circulação sanguínea e consequentemente a prevenção de varizes, auxilia no controle da pressão arterial e diminuição LDL (mau colesterol), ajuda a prevenir a osteoporose, aumenta a capacidade dos pulmões em absorver oxigênio, diminui os riscos de derrame cerebral, combate a insônia e muitos outros benefícios para a saúde mental e física.
Para isso, adote a ideia e deixe seu carro em casa, ou se organize com outras pessoas para não usar o carro sozinho ou procure alternativas mais limpas. Vamos lá, faz alguma coisa!















segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dá pra ganhar dinheiro com o seu "tôtô"



Mas, falando sério, normalmente os dejetos humanos são transformados em poluição e depositados com o lixo urbano ou despejados nos rios.
O sanitário compostável é uma tecnologia que transforma as fezes em adubo orgânico ( muito importante para a agricultura), sem uso de água e através de um processo bioquímico. Podemos considerar uma alternativa simples ( por não desperdiçar água), compostável ( por converter as fezes em composto orgânico fértil e livre de patogênicos e sem dúvida ecológico (por fazer parte de ciclos biológicos naturais).
A maior vantagem da utilização desse pocedimento é não misturar as fezes com água potável e com isso, não gerar esgotos que poluem as águas. Além, da reutilização de resíduos humanos de forma inteligente, uma vez que os nutrientes dos alimentos ingeridos retornarão para o solo, custo operacional baixo e não agride o meio ambiente.
Ele funciona de forma simples: cabine de uso que é aparentemente igual a de qualquer sanitário convencional, apresentando uma única diferença: a parte oca do interior do vaso é construída de maneira que não se tenha contato visual com o dejeto. Duas câmaras de compostagem ficam abaixo do vaso sanitário, de modo a promover o aquecimento solar e a ventilação do material para favorecer o processo de compostagem. A ventilação é garantida por um duto/chaminé que através de um processo chamado termossifão (ventilação solar) torna o sanitário inodoro. A câmara conta, ainda, com duas comportas no nível do solo que facilitam a retirada do material tratado – com uma enxada, por exemplo. E sistema mecânico de adição de material orgânico seco rico em carbono, como serragem, aparas de grama e cascas de arroz, o sistema mecânico de adição de carbono garante de maneira simples, através de um sistema de cabos e polias (roda de ferro) acionado a partir da abertura e do fechamento da porta, a ativação e a manutenção do processo de compostagem.


Achei uma boa alternativa, mas tenho algumas dúvidas, como por exemplo como é realizado a limpeza desses banheiros? Se é usado algum tipo de material de limpeza que costumamos usar.


Bem, de qualquer forma, os créditos para a retirada dessa postagem são todos do site http://www.ecopop.com.br/, publicada por Julia Duque Estrada, baseado no projeto e pesquisa de Walter Oliveira -EcoCasa/EcoFábrica.




Se você se interessou, vale a pena conferir muitas outras informações em:


http://www.ecopop.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=113&tpl=printerview&sid=3



http://www.ecocasa.com.br/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Carta do cacique Seattle - tribo Suquamish - ao presidente Franklin Pierce - 1854

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

E as florestas? E o desenvolvimento? Novo Código Florestal - ACODE

Em 06 de Julho deste ano, a comissão especial formada para analisar a reforma do Código Florestal Brasileiro, aprovou o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), e deve ir a plenário após as eleições. O Relatório altera uma lei que está em vigor a 45 anos e vem sendo alvo de grandes desavenças entre ruralistas e ambientalistas.
Em meio a tanta discussão, por um lado os ambientalistas no qual julgam que as mudanças podem provocar mais desmatamento : “É um retrocesso muito grande na nossa legislação ambiental e vai permitir mais desmatamento e talvez o fim dos nossos biomas”, alerta o deputado Sarney Filho (PV-MA).” A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, disse que é possível promover a expansão da fronteira agrícola sem destruir mais áreas verdes. Ela pediu cautela nas negociações do novo código. E por outro lado os ruralistas afirmam que o projeto garante o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação do meio ambiente.: “O importante é viabilizar a atividade econômica. Você não pode pensar só na questão ambiental, tem que pensar na questão social e econômica”, diz o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).
Não esquecendo que é ano de eleição a “briga de foice” foi estabelecida, os ruralistas querem aprovação urgente, enquanto ambientalistas tentam adiar as votações do projeto.
Sem dúvida alguma, as decisões não caem apenas sobre essas duas “categorias”, e sim sobre toda a sociedade. Alterações como esta não podem partir apenas do pressuposto de que não se pode interromper o desenvolvimento econômico do país, porque se entende que a longo prazo alterações ambientais também resultam em alterações sociais e futuros problemas econômicos. A visão de expandir seu patrimônio através da corrupção e do falso discurso de desenvolvimento econômico já não é mais aceitável.
Segundo o projeto as reservas legais se mantêm nos limites de 20% na Mata Atlântica, 35% no cerrado e 80% na Amazônia, de acordo com o texto anterior. As pequenas propriedades ficam isentas dessa obrigação. Mas, o grande problema e destaque está em suspender as multas e sanções nas áreas devastadas até julho de 2008, por cinco anos. Além disso, Cada estado terá autonomia para decidir sobre o uso da terra e quanto deve ser preservado do meio ambiente. É bem claro que o atual texto revoga o primeiro artigo do primeiro código, no qual faz com que as florestas deixem de ser um bem da sociedade.
"É inaceitável a ideia de anistiar quem desmatou de propósito. É como se as pessoas que cometeram crimes tributários fossem anistiadas pela Receita Federal", disse Izabella Teixeira. O novo Código Florestal foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados em julho e deve ser votado pelo Congresso após as eleições. Entre outras medidas criticadas por ambientalistas, ele diminui de 30 para 15 metros a área de proteção mínima em margens de rios e abre possibilidade de anistia a quem desmatou até julho de 2008" (jornal O Estado de S. Paulo).

Óbvio que esse assunto ainda tem muito pano pra manga, aqui no blog. Principalmente nesse ano de eleição.

Confira como votaram os parlamentares:

À favor do relatório: Anselmo de Jesus (PT-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Homero Pereira (PR-MT), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Paulo Piau (PMDB-MG), Ernandes Amorim (PTB-RO), Marcos Montes (DEM-MG), Moreira Mendes (PPS-RO), Duarte Nogueira (PSDB-SP), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Valdir Colatto (PMDB-SC), Eduardo Sciarra (DEM-PR).

Contra o relatório: José Sarney Filho (PV-MA), Ivan Valente (PSOL-SP), Dr. Rosinha (PT-PR), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/06

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Protesto contra Novo código Florestal!!!!!!


Matança - Xangai

(Composição: Jatobá)

Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar
Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar

Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é

Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Reciclagem Japão - quase 100% de reaproveitamento


Reportagem exibida em 09/04/2010 no Bom Dia Brasil - Rede Globo, sobre a reciclagem do bairro mais moderno de Tóquio, Odaiba. Sem dúvida, um exemplo de educação ambiental para o mundo.

domingo, 27 de junho de 2010

My Girl - Song

I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outside
I've got the month of May

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl
Talkin' 'bout my girl, my Girl

I've got so much honey
The bees envy me
I've got a sweeter song
Than the birds from the trees

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl
Talkin' 'bout my girl, my Girl

Ooooh, Hoooo.

I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outside
I've got the month of May

Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl
Talkin' 'bout my girl, my Girl

terça-feira, 22 de junho de 2010

Palmares Pernambuco - Enchente



Uma das mais tradicionais cidades de Pernambuco, por ter forte representação na história do Brasil, com o Quilombo dos Palmares. Integrando a microrregião da Mata meridional, na zona da Mata Sul de Pernambuco, apresenta forte paisagem marcada pela agroindústria e açucareira, segundo CONDEPE, 2001 classifica-se como o centro urbano canavieira de Pernambuco. Hoje, 59% da população tem atividade ligada ao comércio. Mas, sem dúvida a colonização relacionados à agroindústria açucareira foi determinante para as características étnicas, socioculturais, econômicas e também ambientais.
O elevado desmatamento para o desenvolvimento de cana-de-açúcar e do transporte ferroviário, reduziu a área de cobertura florestal, fator importante na tragédia do dia 19 de junho. Outro ponto importante é a retirada da mata ciliar porque ocorre desmoronamento e assoreamento, deposição de lixo e esgotos nos rios, com a ação constante de degradação ambiental na área os efeitos são percebidos diretamente na população na redução de qualidade de vida.
O despejo de efluentes industriais não tratados, associados aos das aglomerações humanas sem condições sanitárias básicas, aos desmatamentos de nascentes e margens de rios e à ocupação desordenada das margens levaram às más condições dos cursos d’água da região, muitas vezes transformados em canais de despejo. Atualmente, o uso da água na bacia do Una se dá para o abastecimento público e para a recepção de efluentes domésticos gerados pelos 28 municípios e dos efluentes agroindustrial e industrial (CPRH, 2001).
Mais uma vez, tragédias são efeitos de um descontrolado e não planejado desenvolvimento econômico de uma cidade. Todos os fatores históricos estão intimamente ligados aos acontecimentos e são resultados de ações passadas de uma sociedade.
Hoje Palmares é uma das cidades da Zona Mata Sul de Pernambuco prejudicadas nessa chuva de junho em total destruição. No total, 49 cidades foram atingidas, deixando 14.394 pessoas desabrigadas (que perderam as casas) e 15.319 desalojadas (as casas não foram destruídas, mas os moradores não têm condições de retornar agora) (JC ONLINE).
Ainda segundo texto retirado do JC ONLINE, nos últimos dias, 850 pessoas foram resgatadas por embarcações e 480 por via aérea. Cidades como Jaqueira, Correntes e São Benedito do Sul estão isoladas. "Nosso principal objetivo agora é resgatar essas pessoas. Ainda temos muita gente nas áreas rurais que estão sem acesso. Os municípios estão embaixo d'água", afirmou Eduardo Campos. O abastecimento de água e de energia elétrica, aos poucos, estão sendo retomados.
Depois da reconstrução, o governador deixou claro que será rigoroso com relação à moradia. "Não iremos mais permitir que essas pessoas voltem a morar na beira do rio."
Espero que não cresça o número de mortos e que todos se sintam melhor daqui pra frente, tudo isso é muito triste, porque as pessoas estão sem luz, água, comida, notícia de parentes. Sei que muitas ajudas estão sendo encaminhadas adequadamente, agora é necessário muita solidariedade e atenção pra essas pessoas que perderam tudo que tinham.





Para fazer doações:

Alagoas
O Corpo de Bombeiros de Alagoas e a Defesa Civil do Estado abriram os quartéis de Maceió e do interior para receber donativos para as vítimas das enchentes. Eles podem ser entregues também nos Espaços Cidadão. Além disso, as escolas de todo o Estado que não foram atingidas pelas chuvas funcionam como ponto de coleta.

- 1º Grupamento de Bombeiros Militar (1º GBM) - Rodovia 316, km 14, Tabuleiro dos Martins (Maceió). Contato: (82) 3315-2900 ou 3315-2905.
- Grupamento de Socorros de Emergência (GSE) - Conjunto Senador Rui Palmeira, S/N (Maceió). Contatos (82) 3315-2400.
- Subgrupamento Independente Ambiental (SGIA) - Av. Dr. Antônio Gouveia, S/A, Pajuçara, próximo ao Iate Clube Pajuçara (Maceió). Contato: (82) 3315-9852.
- Quartel do Comando Geral (QCG) - Av. Siqueira Campos, S/N, Trapiche da Barra, próximo a Pecuária (Maceió). Contato: (82) 3315-2830.
- Defesa Civil Estadual (Cedec) - Rua Lanevere Machado nº 80, Trapiche da Barra, próximo a Pecuária (Maceió). Contato: (82) 3315-2822 ou 3315-2843.
- Grupamento de Salvamento Aquático (GSA) - Av. Assis Chateaubriand, S/N, Pontal, próximo a Braskem (Maceió). Contatos: (82) 3315-2845.
- 2º Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3296-2026 ou 3296-2270 (Maragogi).
- 6º Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3551-7622 ou 3551-5358 Penedo.
- 7º Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3522-2377 ou 3421-2695 (Arapiraca e Palmeira dos Índios).
- 9° Grupamento de Bombeiros Militar - (82) 3621-1491 ou 3621-1223 (Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia).

Foram criadas, ainda, contas para receber doações em dinheiro no Banco do Brasil:
- C/C 5241-8 Agência 3557-2
E na Caixa Econômica Federal:
- C/C 955-6 Agência 2735 Operação 006

Pernambuco
A arrecadação de donativos é coordenada pelo comando da Polícia Militar. O principal ponto de recebimento de doações foi montado na quadra poliesportiva do quartel do Comando Geral, na Praça do Derby, no Recife. O local fica aberto das 9h às 17h. Contato: (81) 3181-1370.

Fonte: Pe 360graus, JCONLINE, Pernambuco.com,www.blogsulancanews.com,revistaea.org
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