Educação Ambiental

A conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo em 1972, atribui atenção especial a esse instrumento de política pública, com o objetivo de prepar o ser humano para viver em harmonia com o meio ambiente. Desenvolver uma população consciente e preocupada com o meio ambiente, atuando individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas atuais e prevenção de futuros (BARBIERI,2007).

É ilusão pretender que somente a educação ambiental será capaz de enfrentar esses enormes desafios. A populção apresenta uma visão romântica da ecologia, associando-a mais em defesa do verde e, por extensão, das árvores e animais. É importante ressaltar que a maioria da população considera as questões ecológicas secundárias: sendo o mais essencial lutar por moradia, alimento, emprego, escola, bons salários etc (BERNA, 2006).

Porém, é fundamental que haja harmonia entre os ambientes natural e humano e sem um projeto de preservação do meio ambiente, não existe qualidade de vida.

O relatório denominado "Nossa diversidade criadora", elaborado pela Comissão Mundial de Cultura e Desenvolvimento, criada pela Unesco em 1991, sufere os seguintes pontos morais: direitos humanos, democracia, proteção das minorias, compromisso com a solução pacífica das controvércias, equidade em cada geração e entre gerações e um compromisso com o pluralismo cultural. Dado que as questões sociais, econômicas, políticas e culturais se entrelação com as ambientais (BARBIERI,2007).

A grande questão está em articular a educação ambiental, para que a população pense criticamente, atuando em seu mundo, estimulando soluções e não apenas denunciando, mudando além disso, sua conduta, como hábitos de consumo, por exemplo.

É importante dizer que, a eficácia dos instrumentos explícitos de política pública ambiental depende dos instrumentos de outras politicas públicas. Se estes cotribuirem favoravelmente para a consecução dos objetivos dos instrumentos ambientais, podem ser considerados intrumentos implícitos da política ambiental. Porém, com frequencia ocorre o contrário, ou seja, a convivência conflituosa entre diversas políticas. Exemplos: uma política agrícola voltada para a produtividade pode induzir o uso abusivo de água, fertilizantes e agrotóxicos. A falta de uma política de transporte coletivo em diversos grandes centros urbanos neutraliza as políticas ambientais. Subsidiar combustíveis fósseis para ampliar a oferta de energia elétrica pode invializar a utilização de fontes renováveis de energia. Uma política monetária baseada em altas taxas de juros, ao penalizar o setor produtivo reduzindo suas margens e, portanto, os fundos para investimentos, contribui negativamente para a atualização tecnológica das empresas, obrigando-as a operarem com equipamentos e instalações obsoletos. A falta de coerência e de interação entre os diversos instrumentos de políticas públicas acaba se tornando um incentivo às práticas ambientais insustentáveis por parte de muitos agentes privados (BARBIERI,2007).

Além disso, é indispensável garantir o acesso à informação, a educação fundamental exige a pedagogia de ação. Tornar-se conhecedor dos problemas ambientais e ativo, crítico e participativo. O comportamento em relação ao meio ambiente é indissociável no papel da cidadania. Segundo Barbieri a educação ambiental visa porporcionar conhecimento sobre o meio ambiente, quanto as influencias do ser humano e suas atividades, fomentar valores que motivem as pessoas e grupos a se tornarem participantes ativos na defesa do meio ambiente e na busca de soluções para os problemas ambientais, gerar atividades que uma participação ativa requer e promover o senso de responsabilidade e de urgência com respeito às questões ambientais que estimule as ações voltadas para resolvê-las.

Ainda temos muito pano pra manga!!

Fonte:

Pensamento Ecológico - Vilmar S. Demamam Berna

Gestão Ambiental empresarial - José Carlos Barbieri