segunda-feira, 16 de agosto de 2010

E as florestas? E o desenvolvimento? Novo Código Florestal - ACODE

Em 06 de Julho deste ano, a comissão especial formada para analisar a reforma do Código Florestal Brasileiro, aprovou o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), e deve ir a plenário após as eleições. O Relatório altera uma lei que está em vigor a 45 anos e vem sendo alvo de grandes desavenças entre ruralistas e ambientalistas.
Em meio a tanta discussão, por um lado os ambientalistas no qual julgam que as mudanças podem provocar mais desmatamento : “É um retrocesso muito grande na nossa legislação ambiental e vai permitir mais desmatamento e talvez o fim dos nossos biomas”, alerta o deputado Sarney Filho (PV-MA).” A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, disse que é possível promover a expansão da fronteira agrícola sem destruir mais áreas verdes. Ela pediu cautela nas negociações do novo código. E por outro lado os ruralistas afirmam que o projeto garante o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação do meio ambiente.: “O importante é viabilizar a atividade econômica. Você não pode pensar só na questão ambiental, tem que pensar na questão social e econômica”, diz o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).
Não esquecendo que é ano de eleição a “briga de foice” foi estabelecida, os ruralistas querem aprovação urgente, enquanto ambientalistas tentam adiar as votações do projeto.
Sem dúvida alguma, as decisões não caem apenas sobre essas duas “categorias”, e sim sobre toda a sociedade. Alterações como esta não podem partir apenas do pressuposto de que não se pode interromper o desenvolvimento econômico do país, porque se entende que a longo prazo alterações ambientais também resultam em alterações sociais e futuros problemas econômicos. A visão de expandir seu patrimônio através da corrupção e do falso discurso de desenvolvimento econômico já não é mais aceitável.
Segundo o projeto as reservas legais se mantêm nos limites de 20% na Mata Atlântica, 35% no cerrado e 80% na Amazônia, de acordo com o texto anterior. As pequenas propriedades ficam isentas dessa obrigação. Mas, o grande problema e destaque está em suspender as multas e sanções nas áreas devastadas até julho de 2008, por cinco anos. Além disso, Cada estado terá autonomia para decidir sobre o uso da terra e quanto deve ser preservado do meio ambiente. É bem claro que o atual texto revoga o primeiro artigo do primeiro código, no qual faz com que as florestas deixem de ser um bem da sociedade.
"É inaceitável a ideia de anistiar quem desmatou de propósito. É como se as pessoas que cometeram crimes tributários fossem anistiadas pela Receita Federal", disse Izabella Teixeira. O novo Código Florestal foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados em julho e deve ser votado pelo Congresso após as eleições. Entre outras medidas criticadas por ambientalistas, ele diminui de 30 para 15 metros a área de proteção mínima em margens de rios e abre possibilidade de anistia a quem desmatou até julho de 2008" (jornal O Estado de S. Paulo).

Óbvio que esse assunto ainda tem muito pano pra manga, aqui no blog. Principalmente nesse ano de eleição.

Confira como votaram os parlamentares:

À favor do relatório: Anselmo de Jesus (PT-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Homero Pereira (PR-MT), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Paulo Piau (PMDB-MG), Ernandes Amorim (PTB-RO), Marcos Montes (DEM-MG), Moreira Mendes (PPS-RO), Duarte Nogueira (PSDB-SP), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Valdir Colatto (PMDB-SC), Eduardo Sciarra (DEM-PR).

Contra o relatório: José Sarney Filho (PV-MA), Ivan Valente (PSOL-SP), Dr. Rosinha (PT-PR), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/06

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