segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Consumo cosciente e crítico

O relatório "The limits to growth" de 1972 citado por Cairncross (1992), afirma: " Se as atuais tendências mundiais de crescimento da população, industrialização, poluição, produção de alimentos e escassez de recursos continuarem inalterados, os limites de crescimento neste planeta serão alcançados nos próximos cem anos."
Previsões deste tipo, segundo Schonberger, 1982 são sempre temerosos, pois ignoram avanços científicos e tecnológicos, melhorias de produtividade na utilização dos recursos em geral.
A cultura do consumo é caracterizada pelo ciclo "compre-use-disponha" e adotada como padrão pela sociedade até recentemente sem questionamentos, privilegiando altas taxas de lançamento de produtos, gerando forças de mercado que criam necessidade de consumo e tornam comum a posse de bens de mesma natureza em grandes quantidades (Leite, 2003)

A cultura do consumismo é dividida em três aspectos por Mackoy, Calantone e Dröge, 1995:


  • Clara divisão entre produção e consumo, ressaltando o importante papel das vendas;



  • Produção de mercado de massa, envolvendo grande número de consumidores;



  • Proliferação de novos produtos, valorizando mais o aspecto de novidade e de moda do que os aspectos de durabilidade e utilidade

Mas, recentemente tem-se observado o aparecimento de uma nova cultura, que pode ser sintetizada pelo ciclo "reduza-reuse-recicle", caracterizada pelo que convencionou denominar cultura ambientalista, que privilegia uma maior responsabilidade da sociedade e das organizações empresariais ao observar os impactos dos processos e produtos no meio ambiente (Leite,2003).

Diversas correntes de pensamento partidárias da corrente da cultura ambientalista criticam a cultura do consumo por não privilegiar principalmente os aspectos de melhor utilização dos recursos naturais, de responsabilidade das empresas para com a sociedade, dos custos relacionados ao descarte dos bens, da preservação do sistema ambiental para as gerações futuras, entre outros (Mackoy, Calantone e Dröge, 1995).



A compra sustentável significa:


1) comprar somente o necessário;
2) comprar produtos e serviços que são menos impactantes para o meio ambiente;
3) priorizar os impactos ambiental e social das compras, antes do econômico.

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