Aqui vai um texto de uma pessoa muito competente e comprometida nas coisas que faz e acredita. Amiga que aceitou o meu convite de deixar sua contribuição no meu blog, fico muito feliz e satisfeita com essa participação. Agradeço, Ana, sua vontade de participar, pessoas como você faço sempre questão que estejam por aqui.
E Para os leitores se saboreiem com mais um texto informativo sobre meio ambiente.
UMA ALTERNATIVA PARA PROBLEMÁTICA DA EROSÃO COSTEIRA
Texto de Ana Paula Valença - Bióloga e Oceanógrafa
Estima-se que cerca de 70% da linha costeira mundial sofrem com problemas de erosão, dentre os quais encontra-se muitos municípios brasileiros situados na zona litorânea. Em face a progressiva retração do litoral e a inevitável perda das áreas recreacionais e de proteção, uma das alternativas que vêm sendo sugeridas para minimizar esses problemas é o “engordamento de praia” (do inglês, beach nourishment), uma técnica de engenharia construída normalmente através da dragagem hidraúlica que visa sanar uma deficiência de areia no ambiente. Ainda incipiente no Brasil, o processo é bastante conhecido em diversas praias das costas Leste e Oeste dos Estados Unidos, bem como em países costeiros da Europa.
O procedimento possui distintas vantagens como uma estética preferencial em relação a várias estruturas de engenharia, uso benéfico do material dragado das fontes próximas a costa e proteção e restabelecimento de habitats de tartarugas marinhas, aves marinhas e outros animais de passagem ou de vida permanente na praia. Contudo, não é uma técnica 100% eficaz, principalmente em locais onde o sedimento usado para engorda apresenta composição granulométria (ou seja, tamanho dos grãos do sedimento) diferente daquela existente na praia. Além disso, os custos envolvendo a dragagem do material pode passar da casa dos milhões, o que significa uma quantia significativa para os cofres públicos de alguns municípios.
Apesar disso, é atualmente a alternativa preferida para a estabilização da linha da costa em áreas que sofrem um déficit de areia devido tanto a causas naturais (como aumento do nível do mar) quanto a causas antrópicas (construção imobiliária nas proximidades da costa).
Para garantir o sucesso do engordamento de praia é necessário uma engenharia de qualidade e uma fonte (jazida) de sedimentos adequada. Projetos de recuperação de praias, da mesma forma que outras obras de engenharia, dependem de uma manutenção periódica e devem ser dimensionados de acordo com a área.
O procedimento possui distintas vantagens como uma estética preferencial em relação a várias estruturas de engenharia, uso benéfico do material dragado das fontes próximas a costa e proteção e restabelecimento de habitats de tartarugas marinhas, aves marinhas e outros animais de passagem ou de vida permanente na praia. Contudo, não é uma técnica 100% eficaz, principalmente em locais onde o sedimento usado para engorda apresenta composição granulométria (ou seja, tamanho dos grãos do sedimento) diferente daquela existente na praia. Além disso, os custos envolvendo a dragagem do material pode passar da casa dos milhões, o que significa uma quantia significativa para os cofres públicos de alguns municípios.
Apesar disso, é atualmente a alternativa preferida para a estabilização da linha da costa em áreas que sofrem um déficit de areia devido tanto a causas naturais (como aumento do nível do mar) quanto a causas antrópicas (construção imobiliária nas proximidades da costa).
Para garantir o sucesso do engordamento de praia é necessário uma engenharia de qualidade e uma fonte (jazida) de sedimentos adequada. Projetos de recuperação de praias, da mesma forma que outras obras de engenharia, dependem de uma manutenção periódica e devem ser dimensionados de acordo com a área.
“Praias sustentáveis, e de boa qualidade, podem ser criadas por trabalhar com a Natureza, não contra ela!” Berry Elfrink.
Ana Paula Valença
(Bióloga e Oceanógrafa)
